Algumas informações publicadas pela mídia podem ser uteis, mas o problema é que as pessoas normalmente não sabem filtrar informações coerentes e aplicá-las em beneficio próprio, correndo o risco de excluir grupos alimentares importantes para o equilíbrio do corpo e da mente, ou ainda, incluindo alimentos com propriedades funcionais de forma inadequada.
A exclusão de grupos alimentares, principalmente os carboidratos, podem agravar quadros de ansiedade e depressão, além de contribuir para o desenvolvimento de compulsão alimentar, o que prejudica muito o equilíbrio entre fome e saciedade, favorecendo e piorando o ganho de peso indesejado.
Sabe-se há muito tempo que “dietas restritivas”, não são eficazes, pelo contrário, vários estudos demonstram que estas dietas podem agravar o quadro de obesidade pelo chamado efeito rebote (quando ocorre perda de peso com posterior recuperação do peso perdido ou até mais), além de favorecer o surgimento de transtornos alimentares (como anorexia, bulimia e compulsão alimentar).
É muito importante alertar as pessoas sobre estes riscos e gradativamente incentivá-las na busca por escolhas alimentares que atendam suas características individuais, como conhecer sua rotina de trabalho, estudos, família, convívio social e preferências individuais. Ou seja, é possível manter vida social e familiar mesmo quando se deseja adquirir um hábito alimentar saudável.
Se você percebe que sua relação com o peso e a comida está conturbada e você sente culpa em comer quando tem uma confraternização com a família e amigos, porque está “fazendo dieta”, procure um nutricionista que trabalha com comportamento alimentar, este profissional pode te ajudar a restabelecer a paz com o comer sem a desconfortável sensação de culpa.
Mariana Paganotto
Nutricionista – CRN 3003