Transtornos alimentares têm sido cada vez mais discutidos em diversos meios, desde revistas até redes sociais. Infelizmente, a ideia de que as pessoas estão bem informadas e se alimentando de maneira saudável é muitas vezes distorcida.
As informações sobre alimentação estão cada vez mais desencontradas e dicotômicas, contribuindo para a culpa associada ao ato de alimentar-se. Essa confusão é evidente no aumento dos índices de doenças crônicas, transtornos alimentares e obesidade.
É preciso entender os motivos pelos quais as pessoas comem, o que é diferente de se alimentar. Comemos por diversas razões que não necessariamente são as biológicas.
Comida é também prazer, comunidade, família, espiritualidade, relacionamento com o mundo natural e também expressão de nossa identidade.
Para que tenhamos saúde, dentre outras coisas, como sermos fisicamente ativos, praticarmos a espiritualidade ou termos algum tipo de hobby, é inevitável termos uma boa relação com a comida.
E como isso é possível?
Precisamos nos dar o direito de experimentarmos todos os tipos de alimentos, e quando o fizermos, que seja de maneira consciente. Não é saudável pensar em comida o tempo inteiro, menos ainda se sentir culpada(o) por ingerir determinados alimentos.
Isso demostra nitidamente que a relação do indivíduo com a alimentação está conturbada, podendo desencadear um transtorno alimentar.
Dietas e os transtornos alimentares
É necessário que haja uma mudança de comportamento e para isso é importante que a pessoa tenha a orientação adequada. Praticar determinados modismos em relação a alimentação, como dietas da moda por exemplo, só leva a pessoa a comer de maneira transtornada e se mantida por muito tempo pode desencadear algum tipo de transtorno alimentar.
Hoje a NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL (NC) é uma solução para quem procura essa paz com a comida. Trata-se de uma abordagem científica e inovadora da nutrição, que inclui os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais da alimentação.
A comida tem uma série de significados. Dentro dos significados da comida estão cultura, religião, política, status, memórias afetivas, família, questões de gênero e relacionamentos. E pode ainda significar tanto coisas positivas quanto negativas.
Se esse texto faz sentido para você, e se de alguma forma a sua relação com a comida anda transtornada, você deve procurar orientação.
Como se come é tão ou mais importante do que simplesmente o que se come.
Se esse texto faz sentido para você e sua relação com a comida está turbulenta, é hora de buscar orientação. E ao explorar formas de melhorar essa relação, considere também o mindfulness e a prática do comer consciente. Descubra como essa abordagem pode ajudá-lo a cultivar uma conexão mais profunda com sua alimentação e encontrar equilíbrio em sua vida, ajudando também na luta contra os transtornos alimentares.
Carolina Rocha
Nutricionista com Enfoque em Nutrição Comportamental
CRN 8 1302